O que eu sinto, o que tenho é uma necessidade enorme de presença, de companhia, de carinho...enfim, de alguém. E acho que é por isso que me agarro a situações inimagináveis, pessoas inalcançáveis e sonhos impossíveis. Claro que não gosto de pensar que é dessa maneira; escuto tanta história de causos e casos que eu nunca poderia imaginar que aconteceria. Não acho que ser realista é a saída, é o certo a se fazer. Me sinto bem, leve, feliz sonhando, imaginando.
Mas o nome disso é carência. Aquela vontade de ter alguém ao seu lado para jantar, sair, conversar, ver um filme, dormir junto ou só pra passar um tempo junto naquele dia monótono em que você não encontra nada para fazer. A vontade de um toque, de um olhar, de um beijo. É fisiológico isso, somos animais, somos seres carnais e não temos como evitar isso.
Tá, tudo bem, amigos ajudam, mas sempre tem algo faltando. E digo mais, não tenho vergonha nenhuma de dizer que não sou auto-suficiente. Aliás, acho que as pessoas que dizem que são auto-suficientes ou estão mentindo, ou na verdade são orgulhosas e ignorantes demais pra assumir que querem alguém do lado. Não falo que isso é constante, que isso é pra sempre... Há algumas vezes na vida que a gente quer um pouco se sossego, de paz, mas também acho que esse tempo é só pra esquecer, relaxar um pouco e depois se arriscar em algo novo.
E uma frase que me deixa desesperada (não consigo me lembrar como é ao certo): “As coisas acontecem quando a gente menos espera”. Se for assim, sério, estou fudida. Isso não pode ser verdade.
Já li em alguns lugares que a aproximação se dá em momentos de carência, privação, falta, de ambas partes é claro. Que seja assim então.
Se vocês precisam de alguém, assuma isso. Você pode estar ajudando alguém do outro lado.
